Vendedor de Sentimentos

Em um vilarejo antigo na Inglaterra,
havia um homem que cultivava sentimentos,
uma certa vez ele cultivou muito “amor”,
tanto que decidiu vender no vilarejo vizinho.
Ao chegar a primeira pessoa ele diz:
_Oi, gostaria de adquirir um pouco desse belíssimo “amor”?
_Agora não, a dispensa de minha casa já está cheia de orgulho, não cabe.
Ao obter essa resposta, ele prosseguiu.
Mais em frente:
_Oi, gostaria de adquirir um pouco desse belíssimo “amor”?
_Olha, eu até queria, mas não tenho espaço sobrando pra guardar, desculpe.
Novamente o vendedor de sentimentos seguiu em frente, sempre obtendo as mesmas respostas; não tenho espaço; já estou ocupado com rancor, tristeza, ódio e outros sentimentos supérfluos.
Já quase pra desistir de vender seu excessivo amor, ele é parado por um andarilho muito pobre, que pergunta:
_Senhor, o que você tem ai nesse saco?
_Ah, é só um “amor” em excesso que eu tenho na minha horta, e estou querendo vender, mas até agora ninguém quis comprar, o senhor compraria? Vendo baratinho pra você.
_Olha, não tenho dinheiro, mas se o senhor quiser, tenho aqui um pouco de “sabedoria”, poderíamos trocar?
O vendedor já pra desistir de vender o “amor”, resolveu aceitar a oferta.
Eles trocaram a “sabedoria” pelo “amor”, após a troca o andarilho pobre foi embora sorrindo.
Quando o vendedor de sentimentos sentiu a “sabedoria” que tinha trocado pelo “amor”, percebeu o porquê de nunca ter conseguido vender o “amor”.
Em primeiro lugar, só os sábios percebem o valor que tem o amor, e em segundo lugar; amor nunca é demais e não pode ser vendido e sim doado.
(José Magalhães)

José Magalhães

Só quero mostrar aos outros, que existem muito mais coisas além do que nós vemos.

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